sexta-feira, 5 de setembro de 2014

O último antes do meio-dia



O luto agora habita no silêncio da casa do falecido Sr. Cosmo.
Levantara cedo o homem que vivera da pesca do caranguejo, partindo logo em seguida com seu saco de estopa para a margem do Rio Sanhauá. Dia de sol e mangue generoso, logo retornara com o resultado do trabalho do seu dia. Calça encharcada de lama, aos 93 anos, o Sr. Cosmo mantivera a rotina de todos os dias. Seria aquele o último dia do pescador. Chegou em casa e largou sua inseparável sacola em um canto qualquer. Os caranguejos respiravam por ele o último ar, viam as últimas imagens do dia, mexiam-se enquanto os movimentos e o arrastado da sandália do Sr. Cosmo se tornavam cada vez mais silenciosos. Antes do meio-dia... Fechou os olhos. 

quarta-feira, 2 de abril de 2014

PORTO DO CAPIM

A crônica do primeiro encontro


Manhã de quarta-feira, dia 26 de fevereiro de 2014. Pouco depois das 9h da manhã, tive a honra de conhecer mais um pedaço da cidade de João Pessoa. O trajeto começou sem roteiro, a partir da Praça Antenor Navarro, no Centro Histórico. Começamos a andar em direção à comunidade, passando na frente do Hotel Globo – um importante ponto turístico conhecido por inúmeros visitantes espalhados em todo o Brasil, que atualmente se encontra abandonado pela Prefeitura Municipal da cidade de João Pessoa. Foi de bermuda, sandália e caderno na mão, que desci a ladeira com meus colegas do Curso de Jornalismo da UFPB, para mais uma fantástica experiência de campo, bem no coração da cidade.

            Éramos 9. Cada um com a sua liberdade para focar na comunidade e compartilhar suas experiências no lugar. Ainda que escolhêssemos contar as mesmas histórias, ambas teriam diferentes organizações. De qualquer forma, teríamos nove visões, de diferentes pontos de vista. E lá estávamos, pisando nos trilhos do trem que corta a comunidade, somando com as outras mil belezas daquele lugar. Uma cegueira me consumia e eu seguia caminhando, passando despercebido e despercebendo as inúmeras histórias que eu poderia contar. Eu não estava totalmente disperso, mas eu não conseguia pensar em outra coisa, a não ser chegar até a margem do rio.  Andei com o feeling jornalístico desligado. Tudo que eu queria era pisar na madeira do Píer, para descarregar a minha ansiedade e tentar produzir. Eu estava pensando muito no que fazer; no que reportar; e em que história contar.  Nada me chamava mais atenção, do que a empolgação dos meus colegas. Logo me vi conectado nos olhos e nos passos dos meus colegas jornalistas.

            Seguimos nas ruas estreitas do bairro e de cara fiquei surpreso com o movimento daquela comunidade. Passamos por uma antiga madeireira ainda em funcionamento no Porto do Capim, que chamava atenção devido seu intenso movimento de trabalhadores descarregando madeiras de enormes carretas - a qual ficamos imaginando: “como aquele grande veículo conseguia transitar naquelas ruas estreitas do Porto?”. Enfim... seguimos.

            Passamos pela capelinha do bairro, pequenos comércios que funcionavam no local, conversamos com moradores, e aos poucos, fui me sentindo inserido na comunidade. Logo chegamos à casa da Cida, filha de um conhecido pescador – um dos moradores mais antigos do Bairro. Chegando mais perto do rio, nos deparamos com um catador de caranguejo que acabava de chegar de uma coleta. Ele segurava um saco de estopa, cheio de caranguejos graúdos. O homem fez questão de mostrar a qualidade dos animais que capturou. Perguntamos sobre o mangue e até que ponto a natureza era generosa com os pescadores, com relação à produção e reprodução desses animais acerca no mangue, e ele afirmou com todas as letras: “Esse mangue é rico demais, e isso aqui não acaba nunca.”

            Á estávamos diante do rio, e no canto direito da margem, conhecemos o Sr. Cosmo, o pai da Cida. Ele estava pintando um barco e começou a nos contar um pouco da história da comunidade. Pareceu frações de segundos, e passaram minutos. O papo estava agradável, e logo o pescador terminou de pintar o seu barco enquanto papeávamos sobre a vida no Porto.

         A família do Sr. Cosmo mora próximo um dos outros. Eles ocupam um ótimo espaço, bem nas proximidades do rio, onde o pescador tira o sustento da sua família. Conheci filhos e netos dele. Um bom homem. E lá se foi uma agradável manhã, com direito à ensaios fotográficos de uma colega que estava empolgadíssima com a visita à comunidade. As horas se passaram, e antes de sairmos da comunidade, encontramos uma casa que vendia “dindin” (um tipo de picolé). Foi um momento agradável, e muitos de nós nos identificamos com aquilo. Trocamos lembranças da infância. Compartilhamos saudades do tempo que a gente encontrava mais DINDIN nas esquinas da cidade de João Pessoa. Assim fechei meu caderno. Sentado na escada do famoso ‘pie’ do Porto do Capim, ainda com os pés molhados da água do rio, onde eu não cansava de olhar a paisagem. Sai munido de boas energias, planejando e sonhando acordado com as histórias que eu iria buscar, quando retornasse à comunidade nas semanas subsequentes.
  
Os planos frustrados e desencontros no Porto
           
O sol já fazia surgir algumas sombras na comunidade que eu me aproximava andando em sua direção, descendo o alto da Ladeira do Hotel Globo. O rio chamou a minha atenção de um jeito, que fui direto ao encontro de suas margens, nas proximidades da casa do Sr. Cosmo - personagem que citei nos relatos da primeira vista ao porto. Uma das minhas pretensões, era entrevistar a filha do aposentado, Cida, para contar a história da família – uma das maiores do Porto do Capim. Mas não dei sorte. Quando cheguei próximo ao portão, Cida estava indo ao posto médico para vacinar os filhos e sobrinhos, e ainda ia pagar uma conta. Esperei ela retornar passeando pelo bairro, em passos lentos, e depois de duas horas a filha do Sr. Cosmo retornava, cansada e bem atrasada, pois ainda cuidaria de almoço. Ela não pôde me receber. Me deu um copo d’água, e a partir daí foi eu e Deus na busca de alguém disposto a contar boas histórias.

Quando eu estava retornando da casa da Cida, encontrei um idoso e perguntei seu nome. Parecia ter boas histórias pra contar, mas estava bem apressado. Trocamos algumas palavras. Se tratava de um mais um cidadão do Porto do Capim chamado Cosmo. Perguntei se ele tinha algum laço familiar com o Sr. Cosmo que eu já conhecia, e ele disse ser irmão do Cosmo que morava mais próximo ao rio. Marquei de encontra-lo horas mais tarde, quando ele retornasse de uma entrega que tinha que fazer no centro da cidade de Joao Pessoa, onde deixaria todos os caranguejos que pegara no mangue naquela manhã de sábado. Esperei.

Sr. Cosmo não teve muita sorte. Quando ele retornou, ainda carregava a mesma sacola com os caranguejos que saiu para entregar. Quando o abordei, eu estava bem em frente à sua casa e ele disse que não poderia conversar comigo. “Tive uma manhã muito ruim. Volte outra hora, tudo bem? Agora vou entrar e cuidar de almoço.”, disse o Sr. Cosmo, aparentemente bem cansado da suposta viagem perdida que parecia ter dado naquela manhã quente. 

Não tive muita sorte. Resolvi procurar o Sr. Lagoa – um conhecido morador da comunidade do Capim. Perguntei à três pessoas, e todas elas conheciam o simpático senhor da casa azul. Me aproximei da casa, e ele estava no terraço, com os braços entre os espaços da grade, todo arrumado. Lagoa estava de saída e também não pôde nos atender, pois já estava atrasado. Iria passar toda a manhã fora. Mais uma vez, um almejado personagem do Porto escorregou nas surpresas do cotidiano, me deixando mais uma vez com as folhas em branco. Escrevi meu nome umas duas vezes no papel, me estressei, risquei até ficar ilegível e fui em direção ao rio, que sempre me recebeu muito bem. Tentei imaginar a fotografia daquela margem antes da formação da comunidade. Também pensei nos possíveis planos existentes para aquele rio, de competência da prefeitura municipal de João Pessoa, que obtinha projetos de reestruturação e recuperação daquela área. Meu dia no Porto acabou ali.


A vida na comunidade segundo Antônio Esídio


18 de março de 2014. Cheguei no Porto do Capim sozinho às 10h da manhã na tentativa de encontrar o Sr. Lagoa em casa. Não quebrei a cara, porque ele me avisou na visita anterior que estaria trabalhando na feira nos dias de semana, caso eu resolvesse voltar entre a segunda e sexta-feira.
 
Eu estava passando na frente de um galpão abandonado quando parei para pedir informações à um homem que estava subindo na grade que isola os trilhos do Porto. Perguntei se ele conhecia algum antigo morador naquelas proximidades e ele me mandou procurar o Antônio Esídio, que morava duas casas antes da casa do Sr. Lagoa. Bati palmas na frente da casa do pé de goiabeira, e ele mesmo me atendeu.
   
Antônio Esídio da Silva nasceu no dia 15 de março e tem 74 anos, e há 57, é casado com dona Maria de Lourdes de Melo Silva. O filho de Manuel Esídio da Silva e Dona Antônia Laurentina dos Santos, foi morar no Porto do Capim quando tinha aproximadamente 14 anos de idade. Mas ainda criança, já frequentava o lugar na companhia do pai. Segundo o aposentado, seu pai já trabalhava no Porto quando construiu a primeira casa do lugar. “Existia muitos quartos no Porto, conhecido como os quartos de coco de Antônio Tavares, e muitos moradores já alugavam esses quartos, quando o meu pai, na época, construiu a primeira do Porto casa para uma mulher conhecida como Dona Preta.”, lembrou o aposentado. A partir daí o bairro teria começado a ser ocupado por pessoas que vinham de muitos bairros, e ele citou como exemplo o bairro de Livramento.

Na gestão de Damásio Franca, por volta de 1966 à março de 1971, Antônio Esídio recebeu o terreno da prefeitura para construir sua casa, e ele teria que respeitar as delimitações impostas pela prefeitura referente ao espaço que as casas deveriam ter naquele local. Antônio Esídio disse ter dividido o terreno com dois amigos, o Sr. Lagoa, e seu finado compadre Panela, que faleceu no bairro de Bayeux. Depois de um ano já morando no lugar, que o Sr. Lagoa veio fazer parte da comunidade também como morador. A energia demorou um pouco a chegar. Cerca de um ano depois. A água, ele faz questão de lembrar que foi ele, junto com seu amigo Lagoa, que cavou incansavelmente até encontrá-la. “Quem cavou pra botar água aqui foi eu e meu amigo Lagoa. A gente ia trabalhar e quando voltava, cavávamos sozinhos”, disse Esídio não esquecendo do seu companheiro de luta.   


Antônio Esídio se aposentou por tempo de serviço. Tem uma boa vida. Mora numa casa grande, que fez questão mostrar o espaço e seus cinco cômodos. No quintal, o aposentado divide o espaço com os caranguejos, que andam livremente de um canto à outro, até a margem do rio. São inúmeros buracos que ele não destrói. Só cata os bichos quando estão grandes e gordos. Disse que chega a comer cinquenta, sozinho. O quintal do Esídio é lavado pelas águas do Sanhauá. E vista é incrível. Era de lá que ele saia para pescar, muitas vezes acompanhado de seu amigo Lagoa. O aposentado sempre pescou no lugar e já usou muito o rio para alimentar sua família. Pescava quilos e mais quilos de peixes. Distribuía para a comunidade, mas disse nunca ter vendido nada pra ninguém.

O homem tem uma postura admirável. Ele não só mora, como sempre tomou conta, e até hoje se preocupa com as imprevisíveis mudanças que o Porto do Capim ainda pode sofrer. Esídio falou da invasão dos galpões abandonados, gente que abriu comercio e até igreja, bem na frente de sua casa. Sr. Esídio é um bom homem. Esperei ele tocar no assunto no que diz respeito aos planos da Prefeitura de João Pessoa e projetos ligados à restruturação e recuperação daquele espaço, que hoje, é uma comunidade gigantesca. “Eles querem alugar a minha casa. O vereador Fuba disse que muitos turistas vão passar por aqui”, disse o Sr. Esídio, acreditando que a intensão da prefeitura é se aproveitar da sua casa, na qual ele investiu todo o dinheiro que ganhara na vida. Ficou claro que o povo, representado por aquele senhor, não sabe sequer, as reais pretensões da prefeitura. Só sabem que querem expulsá-los da área. Retirá-los do mangue, como se fossem caranguejos.

Dezenove filhos. Oito vivos. Nove morreram de sarampo ainda crianças - com cinco, seis, sete e até oito anos de idade, devido a vulnerabilidade de suas condições de vida, numa época em que não exista tanta campanha de vacina. Sr. Esídio e Dona Maria de Lourdes, ainda perderam uma filha recém nascida em um hospital na Cidade de João Pessoa. O motivo da morte da menina, teria sido uma imprudência gravíssima de uma enfermeira, que teria cortado o cordão umbilical da menina muito rente ao corpo. A criança, segundo ele, sangrou até morrer. Emocionado, Sr. Esídio lamenta com lágrimas nos olhos o fato de ter perdido sua filha ainda tão pequena. “Mas rapaz... mataram minha filha. Eu vi ela sangrando pelo umbigo.”, disse ele. O outro filho falecido do casal, teve a vida ceifada no serviço. O homem que trabalhava de dia e de noite, morreu numa madrugada com a farda de vigia.

Sr. Antônio Esídio merecia levar uma vida digna, e menos perturbadora. Já sofrera muito mendigando paz, e momentos de felicidades, sem saber ao certo o destino de sua família. “Um negócio que eu não tenho medo, é de morrer. Ninguém nasceu pra semente”. Compreendi que ele quis dizer, que, quando chegar a hora dele, ele vai sem medo. Ressaltou que não sai do Porto do Capim, nem da casa que sempre morou. “Vendi até um terreno que eu tinha para ser enterrado no Cemitério Boa Sentença, além de ter pedido empréstimo para poder construir minha casa”, disse ele.


“O Porto do Capim deveria ter um calçamento muito bacana. A prefeitura deveria fazer divertimento para as crianças. Faz 44 anos que eu moro aqui e queria ver esse lugar bem cuidado. Daqui eu não saio. Gosto de morar aqui. Vou ficar, e, esperar a prefeitura passar o trator por cima da casa e, por cima de mim. Mas sair, pra receber uma casa que não vale um terço da minha, eu não saio.”, terminou o aposentado.



Karlos Antonio
Porto do Capim - João Pessoa - PB





sexta-feira, 21 de março de 2014

Fortaleza

O Artista de Iracema

          Estava passeando na Praia de Iracema, no calçadão onde ficam os comerciantes que alugam patins e bicicletas, bem nas proximidades da Ponte dos Ingleses. Andando em direção à ponte, parei para comprar água na banca de um senhor. Paguei R$ 1,50, abri a garrafa, bebi alguns goles e subi os poucos degraus que dá acesso a encantadora Ponte dos Ingleses. Fiquei parado na lateral esquerda da ponte, observando as manobras dos sufistas que se arriscavam nas gigantes ondas que quebravam naquele lado da praia. As performances dos sufistas também poderiam ser vistas de cima da Ponte dos Ingleses, ou até de um pouco mais longe, na parte metálica em ruínas, que fica logo depois do revestimento de madeira. Um lugar genial que provoca uma boa adrenalina em quem se arrisca ultrapassar as delimitações da parte de madeira (na aconselhável, pois, não tem segurança nenhuma, e o vento pode arrastar qualquer magrinho concreto abaixo. heheheh). 


          Depois de admirar mais um lado da Praia de Iracema, quando estava retornando para o hotel, vi um homem sentado. Ele movimentava as mãos rapidamente, parecia descansar num dos grandes acentos circulares de concreto, um pouco adiante do Bar dos Piratas. Ele parecia cantarolar alguma coisa que não identifiquei. Mal reconheci a letra. Ele também não ajudou muito. Quase que soletrava em sopros. Quando fui me aproximando, o homem levantou e foi bem direto: "você teria 30 segundos para me deixar te mostrar o meu trabalho?", disse ele. "Claro. Pode falar, amigo". Respondi. Não acredito que muitas pessoas escutassem aquele rapaz trabalhador e cheio de alegria. O índice de violência naquele lado famoso da praia de Iracema, é muito alto.

Era mais fácil acreditar que se tratava de qualquer outra coisa. Mas eu não tinha nem receio de ser assaltado. Se fosse um assaltante, eu já estava preparado para entregar meus bens: um celular velho e algumas moedinhas que eu tinha nos bolsos. A educação do moço que se aproximou meio rasgado, com as vestes sujas e um cheiro complicado, porém, suportável, deixava claro na energia do seu olhar que não se tratava de alguém ruim. Foi exatamente os 30 segundos que ele gastou. Em 15 perguntou como eu me chamava, e em 15 me entregou um nome pronto nas mãos. Um presente que atribui o melhor dessa viagem. Porque o segundo foi poder andar de patins no calçadão, assim que eu cheguei na cidade de Fortaleza. Esse foi o melhor, porque foi de coração. Um presente da casualidade, de alguém que parecia carregar todos os seus bens numa bolsinha de costas.
E mais uma lição eu aprendi. Na vida, não importa o que eu faça, como, ou com quem eu esteja, nem quantas vezes eu mude, ou venha a migrar. O homem anda pelo Brasil em busca da felicidade, e disse tê-la encontrado nas 12 capitais que já morou. Acho que é a mesma felicidade que eu encontro quando viajo e me deparo com histórias e pessoas incríveis. É bom voltar pra casa depois de vivências que preenchem o espírito e a alma de boas energias e vibrações. E eu ainda gosto de voltar, porque acho que devo. Mas quando eu sentir que preciso de mais um tempo consumindo toda essa vibe la de fora, eu pego minhas coisas e um pouco de coragem, e faço como esse cara: vou andar por aí, achando felicidade pelo mundo. Parece tão simples. Mas são riquezas presenteadas pelo Criador. Vejo muito de Deus em tudo isso.

Precisei, ainda que de forma bem resumida, compartilhar um pouco dessa experiência com vocês.
Sintam-se abraçados


Karlos ;)



terça-feira, 14 de janeiro de 2014

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sábado, 4 de janeiro de 2014

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Life and Fate


Vida e Destino

Tem gente que não chega a nascer.
Tem gente que nasce e nem sequer aprende a falar.
Tem criança que nem chega a conhecer a adolescência.
Tem adolescente que beira a juventude,
e tem jovens que desaparecem no meio dela.
Tem gente que tem sorte de ser adulto.
Tem adulto que não vive a vida com maturidade,
e passa toda ela se lamentando, se torturando, desejando reviver fases passadas.
Mas tem adulto que sabe viver sua fase com qualidade, e assim, chegam saudáveis à terceira e boa idade.
Tem gente que envelhece sem perder a lucidez.
Mas tem gente que envelhece e vira criança novamente.

A história pode até ser diferente.
Mas todos morrem.
Envelhecer é sorte.

KL