quinta-feira, 21 de novembro de 2013

A selvageria do homem na mídia

     Os selvagens não têm medo do que enfrentam diariamente. Pra comer têm que caçar. Pra viver têm que comer. Matar, só se for necessário. Mas quase sempre é normal acontecer. Uma cobra engole vivo sua presa, que morre esmagada, e bem antes de apodrecer, já está digerida. Uma morte silenciosa, aparentemente cruel, porém, precisa. Assim também acontece com as formigas que são sugadas dos formigueiros por vários animais. Essas aí, nem se contam as perdas. São tantos formigueiros. Elas são tantas. Acho que nem parente sente falta. Também tem os grandes predadores. Aqueles que assustam de longe. Leoas, onças... o leão eu nem conto. É das fêmeas o mérito da caça. O rei da selva mete medo, mas é inofensivo. É só não cruzar o caminho dele. E se cruzar desista. Deite logo. Vai morrer mesmo, não é? Morde uma maça e cai no chão. Facilite e deite como um porco bem passado.  

    Por falar em bicho homem, esse é diferente de todos os animais. É cruel. Já viu um animal matar um outro da sua espécie, sem que o homem esteja por trás de alguma forma do sangue derramado? Bicho precisa de espaço. Machos disputam terreno entre si, sem a necessidade de matar. Talvez uma boa surra, mas, sem mortes. Aí o homem criou as rinhas. Aí as rinhas se estenderam, envolvendo outros animais além dos galos. Envolvendo o próprio homem. E os bichos aprenderam a matar sua espécie. Sem crises. Sem arrependimentos. E ainda tem gente que diz: "Se eu tivesse outra chance, eu fazia de novo. Só que dessa vez eu tirava os dentes e a pele com a faca, pra ninguém reconhecer o resto do maldito."

Vi na TV. Ouvi no Rádio. Li nas redes sociais.

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